

No dia 19 de maio é celebrado o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal, mas por todo o mês entidades médicas de todo mundo alertam para o perigo desse problema e suas apresentações.
O Maio Roxo é reflexo da preocupação com as doenças inflamatórias intestinais, que representam um grande problema de saúde pública, pois comprometem a vida produtiva e social dos indivíduos, com incidência dos 15 aos 40 anos de idade e pico acima dos 60.
Segundo o gastroenterologista José Francisco da Silva Vieira, correspondem a qualquer processo inflamatório do trato gastrointestinal, seja ele agudo ou crônico, e existem duas formas de apresentação, a Retoculite Ulcerativa e a Doença de Crohn. Ele explica que, até o momento, são males sem cura e com causas indefinidas. O certo é que seriam doenças com mecanismos multifatoriais envolvendo fator genético, imunológico e ambiental (dietas, higiene, uso de antibióticos na primeira infância e outros).
Os sintomas podem começar com uma dor abdominal e diarreia esporádicas, que não têm a devida atenção do paciente. Normalmente são associados à ingesta de alimentos, uma verminose ou uma gastroenterite aguda infecciosa. “Uma dieta ou uso de medicamento por conta própria , com melhora temporária, levam o indivíduo a não procurar auxílio médico, retardando um diagnóstico precoce”, alerta o médico.
A Retocolite Ulcerativa é de caráter crônico e recidivante (sujeita a recaídas), acometendo somente o cólon e reto, poupando o restante do trato gastrointestinal. Causa inflamação na mucosa de forma contínua, afetando o reto e cólon em graus variáveis, diferente da Doença de Crohn que causa inflamação na mucosa de forma salteada e que pode atingir da boca até ao ânus.
“Como são doenças ainda pouco conhecidas pela população, torna-se importante o uso de estratégias para educação e conscientização da mesma, com o intuito de gerar uma busca precoce por tratamento, evitando assim complicações e até casos mais graves, como a colite fulminante, além de melhorar consideravelmente a qualidade de vida desses pacientes”, conclui o gastroenterologista.
Dr. José Francisco da Silva Vieira, Gastroenterologista CRM 492748.